segunda-feira, março 05, 2007
Tarek Aziz: Irão usou armas químicas contra curdos iraquianos
O ex-vice-primeiro-ministro iraquiano Tarek Aziz afirmou hoje que o país responsável pelo ataque com armas químicas ao povo curdo iraquiano foi o Irão e não o Iraque, durante a guerra que travaram entre 1980 e 1988.
A acusação de Aziz foi feita perante o Tribunal Penal Supremo em Bagdad, onde se deslocou como testemunha de defesa de seis antigos colaboradores do deposto presidente iraquiano Saddam Hussein, que estão a ser julgados por envolvimento no «genocídio» de curdos iraquianos.
O processo diz respeito ao que ficou conhecido como «campanha de Anfal», uma ofensiva contra as populações curdas do nordeste do país entre 1987 e 1988, que se estima tenha provocado mais de 180.000 vítimas mortais, a maioria civis que foram mortos com armas químicas.
«O ataque químico à aldeia curda de Halbaya foi perpetrado pelos iranianos no âmbito de uma ofensiva contra a população curda iraquiana», salientou Aziz.
Os partidos políticos curdos, que acusam a Força Aérea de Saddam Hussein de ter lançado a campanha de Anfal, afirmam que no ataque a Halbaya, em 1988, mais de 5.000 dos habitantes morreram devido a armas químicas e gases tóxicos.
Aziz, que se referiu a Saddam como «herói responsável pela unidade do Iraque e sua soberania», assegurou que a ofensiva iraniana com armas químicas «é confirmada em documentos internacionais».
Negou ainda que a campanha de Anfal realizada pelo Exército de Saddam tenha incluído deportações em massa ou actos de genocídio contra o povo curdo.
A propósito, disse que numa reunião com dirigentes curdos, Jalal Talabani e Massud Barzani, em 1991, nenhum deles se queixou ao governo iraquiano daquela campanha.
Antigos dirigentes da rebelião curda, Talabi é actualmente presidente do Iraque e Barzani preside à região autónoma do Curdistão.
Os seis acusados arriscam a pena de morte se forem considerados culpados.
Saddam Hussein estava a ser julgado neste processo quando foi executado em Dezembro de 2006, devido a uma condenação anterior.
Após o testemunho de Aziz, o juiz Mohamed al Oraibi marcou para dia 15 de Março o recomeço do julgamento.
Diário Digital / Lusa
05-03-2007 18:15:00
O ex-vice-primeiro-ministro iraquiano Tarek Aziz afirmou hoje que o país responsável pelo ataque com armas químicas ao povo curdo iraquiano foi o Irão e não o Iraque, durante a guerra que travaram entre 1980 e 1988.
A acusação de Aziz foi feita perante o Tribunal Penal Supremo em Bagdad, onde se deslocou como testemunha de defesa de seis antigos colaboradores do deposto presidente iraquiano Saddam Hussein, que estão a ser julgados por envolvimento no «genocídio» de curdos iraquianos.
O processo diz respeito ao que ficou conhecido como «campanha de Anfal», uma ofensiva contra as populações curdas do nordeste do país entre 1987 e 1988, que se estima tenha provocado mais de 180.000 vítimas mortais, a maioria civis que foram mortos com armas químicas.
«O ataque químico à aldeia curda de Halbaya foi perpetrado pelos iranianos no âmbito de uma ofensiva contra a população curda iraquiana», salientou Aziz.
Os partidos políticos curdos, que acusam a Força Aérea de Saddam Hussein de ter lançado a campanha de Anfal, afirmam que no ataque a Halbaya, em 1988, mais de 5.000 dos habitantes morreram devido a armas químicas e gases tóxicos.
Aziz, que se referiu a Saddam como «herói responsável pela unidade do Iraque e sua soberania», assegurou que a ofensiva iraniana com armas químicas «é confirmada em documentos internacionais».
Negou ainda que a campanha de Anfal realizada pelo Exército de Saddam tenha incluído deportações em massa ou actos de genocídio contra o povo curdo.
A propósito, disse que numa reunião com dirigentes curdos, Jalal Talabani e Massud Barzani, em 1991, nenhum deles se queixou ao governo iraquiano daquela campanha.
Antigos dirigentes da rebelião curda, Talabi é actualmente presidente do Iraque e Barzani preside à região autónoma do Curdistão.
Os seis acusados arriscam a pena de morte se forem considerados culpados.
Saddam Hussein estava a ser julgado neste processo quando foi executado em Dezembro de 2006, devido a uma condenação anterior.
Após o testemunho de Aziz, o juiz Mohamed al Oraibi marcou para dia 15 de Março o recomeço do julgamento.
Diário Digital / Lusa
05-03-2007 18:15:00