sexta-feira, junho 01, 2007

 
DREN: Charrua desafia líder do PS/Porto a provar acusações

O professor Fernando Charrua exigiu hoje que o líder da Distrital do PS/Porto, Renato Sampaio, concretize a imputação genérica que lhe fez de ter proferido, não um mas vários insultos ao primeiro-ministro «em locais públicos da DREN».

Renato Sampaio, disse quarta-feira à agência Lusa que o professor Fernando Charrua insultou o primeiro-ministro, José Sócrates, «em vários momentos e em diferentes locais públicos da DREN».

«Feita esta imputação genérica e desconhecendo (...) qualquer outra imputação para lá daquela que deu origem ao processo disciplinar em curso», Fernando Charrua exige que Renato Sampaio «venha a público, de imediato, especificar que insultos foram esses, dirigidos a quem e em que data, hora e local os mesmos foram proferidos».

Num comunicado, em seis pontos, enviado à agência Lusa, Fernando Charrua especifica que faz esta exigência «na defesa do seu bom nome e consideração».

Estranhando as afirmações do líder da distrital socialista do Porto, Charrua questiona-se, no comunicado: «Afinal quantos instrutores de processo e quantos processos há?»

«Que eu saiba, só há um, e um instrutor nomeado pela senhora directora regional de Educação do Norte», responde.

Nas suas declarações de quarta-feira, Renato Sampaio afirmara também que «um professor, pelas suas responsabilidades pedagógicas, não pode insultar cidadãos com palavras verdadeiramente insultuosas».

Questionava mesmo «como é que um professor destes pode ensinar alunos».

Fernando Charrua considera que o comentário é «ofensivo» das suas qualidades pedagógicas e «demonstra bem o estado de inquietação e de intranquilidade do PS».

«Se as qualidades pedagógicas do professor Charrua agora estão em causa, então porque é que a DREN cessou a sua suspensão preventiva e pediu a cessação urgente e com efeitos imediatos da requisição daquele na DREN, e consequente regresso precisamente a uma escola?», pergunta o professor visado.

Reitera, por outro lado, que «quer que os seus direitos, enquanto trabalhador, não sejam violados pela aplicação prévia de uma sanção disciplinar antes de findar o processo disciplinar que lhe foi instaurado e sem que, no mesmo, possa ter exercido os meios e defesa que a lei lhe reserva».

O professor refere que, «para lá dos meios judiciais que já usou e que ainda irá usar para defesa dos seus direitos», deu entrada, logo no início de Maio, um recurso hierárquico contra o acto de suspensão preventiva.

Já no dia 24, escreve Charrua, deu entrada um novo recurso hierárquico contra a decisão que determinou a cessação da sua requisição na DREN.

«A senhora ministra da Educação tem, pois, dois recursos para decidir, sendo claro que qualquer uma destas duas situações nada tem que ver com o decurso do processo disciplinar, pois, esse, não é o objecto de qualquer um desses recursos apresentados», afirma Fernando Charrua.

Renato Sampaio, contactado pela Lusa, disse que aguarda «tranquilamente pelo resultado do inquérito».

«De momento, não faço mais declarações», disse.

Diário Digital / Lusa

01-06-2007 19:25:00


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