quarta-feira, abril 19, 2006

 
Médicos britânicos: China vende órgãos de presos executados

A maior associação de transplantes do Reino Unido acusou esta quarta-feira as autoridades chinesas de estar a utilizar os órgãos vitais de milhares de prisioneiros executados, vendendo-os ou usandos em transplantes, sem autorização.
Num comunicado, a Sociedade Britânica de Transplantes, que agrupa os cirurgiões de maior prestígio do país, condenou veementemente a prática, que considera «inaceitável», e aponta como uma grave opfensa aos direitos Humanos.
A denúncia é feita uma semana depois de a China ter recusado publicamente a prática, que de resto é ilegal. Já em Março passado, o país tinha anunciado que a partir de Julho o tráfico e venda de órgãos seria criminalizado. Há uma semana, um responsável sanitário chinês fez estalar a poolémica ao admitir publicamente que os órgãos dos detidos executados eram por vezes utilizados, sublinhando, no entanto que esta prática só tinha lugar com consentimento prévio dos condenados.
Esta quarta-feira, o presidente da comissão de ética da Sociedade de Transplantes britânica, Stephen Wigmore, adiantou que «são muitas as provas fortes» a indicar que milhares de condenados em prisões chinesas foram seleccionados como dadores em potencial, antes mesmo da execução.
Ainda de acordo com o especialista, ao mesmo temp, são cada vez mais os doentes estrangeiros – sobretudo da Coreia, Japão e mesmo do Reino Unido – que visitam o país para se submeterem a transplantes. O médico adianta que são conhecidos vários casos de doentes que viajam na esperança de encontrar órgão compatíveis para comprar, uma prática altamente desaconselhada por motivos éticos e médicos.
19-04-2006 16:59:44

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