sábado, maio 20, 2006

 
Cuba entrega cópias de documentos de Hemingway aos EUA

Cuba entregará cópias de 22.000 documentos do escritor norte-americano Ernest Hemingway à Biblioteca Kennedy, do Congresso dos Estados Unidos, depois de submetê-las a um meticuloso trabalho de conservação.
A biblioteca do Congresso norte-americano «receberá um legado inestimável - testemunha da sua estada na ilha entre 1939 e 1960 - salvo graças a um esforço meticuloso de conservação, de restauração e de digitalização», declarou a presidente do Conselho Nacional do Património Cultural, Marta Arjona, citada hoje pelo diário oficial cubano Granma.
Entre os documentos figuram cartas escritas por Hemingway (1899-1961) a propósito da Guerra Civil espanhola (1936-39) e da Segunda Guerra Mundial, além de reprodução dos seus romances «Por quem os sinos dobram» (1940) e «o Velho e o Mar» (1952), que lhe valeu o Prémio Pulitzer em 1953, um ano antes de obter o Nobel da Literatura.
Arjona também assinalou que se está a restaurar o Museu Hemingway que foi a residência do romancista em Havana, onde passou largas temporadas entre 1939 e 1960.
O Museu Hemingway, instalado na Quinta Vigia, na localidade de São Francisco de Paula, em Havana, conserva mais de 22.000 peças, entre livros, fotos, filmes, troféus de caça, armas, objectos desportivos e de pesca do autor.
Arjona recordou o acordo assinado em Novembro de 2002 entre o Social Science Research Council e o Conselho nacional do Património Cultural que ela dirige, para empreender a etapa inicial da recuperação e digitalização de mais de 11.000 missivas, folhetos e livros que pertenceram ao escritor.
«Embora o governo de (George W.) Bush tenha torpedeado o acordo Cuba honrá-lo-á e fará esta primeira contribuição à Biblioteca Kennedy, apesar de não ter recebido todos os materiais e equipamentos combinados», salientou, lembrando que os documentos originais permanecerão na Quinta Vigia.
Qualificou de «muito capazes» os técnicos norte-americanos que trabalharam na casa durante curtos períodos.
Arjona salientou que Cuba assumiu com os seus próprios recursos a restauração total do museu e lembrou que «não se pediu um centavo a ninguém».
Devido ao embargo norte-americano, Washington proíbe a entrega de fundos para este projecto, indicara em Abril a directora do Museu Hemingway, Ada Rosa Alonso.
O projecto compreendia também a restauração da propriedade de Hemingway, Vigia, uma bela casa colonial a 20 quilómetros a leste de Havana, num montante de 650.000 dólares.
Diário Digital / Lusa
20-05-2006 2:01:00

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