quinta-feira, maio 18, 2006

 
Estudo conclui que guerras propiciam deficiências congénitas

Os combates bélicos e os ambientes de pós-guerra propiciam o aparecimento de malformações congénitas nos recém-nascidos, segundo um estudo efectuado por um grupo de médicos da Universidade de Kisangani (República Democrática do Congo) e que foi publicado pela East African Medical Journal.
A pesquisa baseia-se em 8.824 crianças nascidas no Hospital Nyankunde, principal centro sanitário do distrito de Iture, uma província do país que é palco de batalhas desde 2003.
De acordo com o estudo, o stress psicológico causado pela violência e todos os problemas decorrentes de uma situação de conflito conduzem à multiplicação das malformações congénitas nos recém-nascidos em comparação com a média normal.
«Num contexto de guerra há os problemas típicos, como a difusão de infecções, doenças e de má nutrição, mas nós comprovamos que há uma alta percentagem de crianças que também apresentam malformações congénitas», indicou o trabalho.
O coordenador da investigação, o professor O. L. Ahuka, realçou ainda que «a incidência de graves anomalias nos recém-nascidos verificou um crescimento constante quando começaram as hostilidades no país». «As dificuldades de vida numa situação de conflito, o empobrecimento significativo das populações locais, a crise sócio-económica e o stress contribuem para explicar o aumento dos casos», concluiu.
18-05-2006 11:44:25

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