quarta-feira, maio 24, 2006

 

Progresso militar da China é ameaça potencial, diz Pentágono

O ritmo e amplitude da modernização das forças chinesas e o seu desenvolvimento militar podem traduzir-se numa ameaça a longo prazo, advertiu esta terça-feira o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
«Vários elementos do desenvolvimento militar da China surpreenderam especialistas norte-americanos, nomeadamente, o ritmo e a amplitude e a modernização das suas forças estratégicas», refere um relatório anual do Pentágono, transmitido ao Congresso norte-americano.
«O desenvolvimento militar da China é tal que põe já em questão os equilíbrios militares regionais», acrescenta.
No documento, o Pentágono nota que a capacidade da China de intervir militarmente longe das suas fronteiras continua a ser limitada, mas considera que o país dispõe do maior potencial do mundo para lhe permitir um dia rivalizar com os Estados Unidos.
«As orientações a longo prazo da modernização das forças nucleares estratégicas da China, as suas capacidades de defesa em terra e no mar, e o surgimento de armas de precisão representam uma ameaça credível para exércitos modernos que operem na região», indica o documento.
O relatório anual do Pentágono serve de barómetro para o estado das relações militares entre a China e os Estados Unidos. Em 2005, realçara já importantes aumentos das despesas militares chinesas.
O documento de 2006 volta à carga, indicando que Pequim ainda não explicou os objectivos dos desenvolvimentos militares de que Washington suspeita.
A curto prazo, a modernização militar chinesa parece voltada para o estreito de Taiwan e inclui a possibilidade de ter que responder a uma intervenção norte-americana, precisa o relatório.
Segundo o documento, a China estaria actualmente dotada com entre 710 e 790 mísseis de curto alcance.
As novas capacidades chinesas poderiam também permitir a Pequim intervir noutras regiões, em conflitos energéticos ou territoriais, sublinha o Pentágono.
A China desenvolveu uma nova doutrina de guerra moderna, reformou as suas instituições militares e a organização do seu pessoal, melhorou os seus treinos e as suas formações, e adquiriu sistemas de armas nacionais ou fabricados no estrangeiro, sublinha.
O Pentágono interroga-se quanto à aquisição por Pequim de aviões reabastecedores russos e a sua presumível vontade de comprar aviões de ataque SU-33 que podem ser utilizados a partir de porta-aviões.
Diário Digital / Lusa
23-05-2006 19:41:00


Comments: Enviar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?