sexta-feira, agosto 25, 2006
China: Colaborador do New York Times condenado à prisão
O colaborador chinês do diário norte-americano New York Times, detido há dois anos, foi hoje condenado a três anos de prisão por fraude, disse um dos seus advogados.
«Zhao Yan foi condenado a três anos, mas não se assumiu como culpado de ter divulgado segredos de Estado, apenas de fraude», disse Mo Shaoping à Agência France Press, no exterior do Tribunal.
Zhao Yan, de 44 anos, respondeu à porta fechada, a 16 de Junho passado, perante um tribunal de Pequim por «divulgação de segredos de Estado» e por «fraude».
«É uma grande vitória, para nós e para o sistema judicial da China", afirmou outro dos advogados, Guan Anping.
O antigo correspondente do New York Times em Pequim, que sempre se afirmou inocente, foi preso a 17 de Setembro de 2004, alguns dias depois de o jornal norte-americano ter anunciado que o antigo número um chinês Jiang Zemin ia deixar as suas funções à frente do Exército.
Em Março, pouco antes da visita do Presidente Hu Jintao aos Estados Unidos, o tribunal tinha divulgado que iria retirar as acusações. No entanto, um mês depois, fez marcha-atrás e decretou a continuação do processo.
Sob controlo rigoroso do Partido Comunista, no poder, os media chineses são sujeitos a uma forte censura política.
Os jornalistas que se arriscam a passar os limites fixados pelo regime expõem-se a pesadas sanções e mesmo a cumprir penas de prisão.
A condenação de Zhao acontece uma semana depois de um processo, no mesmo tribunal, de um jornalista de Hong Kong, preso mais de um ano na China por espionagem a favor de Taiwan.
Quinta-feira, um tribunal da província de Shadong aplicou uma pena de quatro anos e três meses de prisão a um activista invisual, Chen Guangcheng, que tinha denunciado os abusos da política de controlo de nascimentos.
Diário Digital/Lusa
25-08-2006 6:56:05
O colaborador chinês do diário norte-americano New York Times, detido há dois anos, foi hoje condenado a três anos de prisão por fraude, disse um dos seus advogados.
«Zhao Yan foi condenado a três anos, mas não se assumiu como culpado de ter divulgado segredos de Estado, apenas de fraude», disse Mo Shaoping à Agência France Press, no exterior do Tribunal.
Zhao Yan, de 44 anos, respondeu à porta fechada, a 16 de Junho passado, perante um tribunal de Pequim por «divulgação de segredos de Estado» e por «fraude».
«É uma grande vitória, para nós e para o sistema judicial da China", afirmou outro dos advogados, Guan Anping.
O antigo correspondente do New York Times em Pequim, que sempre se afirmou inocente, foi preso a 17 de Setembro de 2004, alguns dias depois de o jornal norte-americano ter anunciado que o antigo número um chinês Jiang Zemin ia deixar as suas funções à frente do Exército.
Em Março, pouco antes da visita do Presidente Hu Jintao aos Estados Unidos, o tribunal tinha divulgado que iria retirar as acusações. No entanto, um mês depois, fez marcha-atrás e decretou a continuação do processo.
Sob controlo rigoroso do Partido Comunista, no poder, os media chineses são sujeitos a uma forte censura política.
Os jornalistas que se arriscam a passar os limites fixados pelo regime expõem-se a pesadas sanções e mesmo a cumprir penas de prisão.
A condenação de Zhao acontece uma semana depois de um processo, no mesmo tribunal, de um jornalista de Hong Kong, preso mais de um ano na China por espionagem a favor de Taiwan.
Quinta-feira, um tribunal da província de Shadong aplicou uma pena de quatro anos e três meses de prisão a um activista invisual, Chen Guangcheng, que tinha denunciado os abusos da política de controlo de nascimentos.
Diário Digital/Lusa
25-08-2006 6:56:05