terça-feira, agosto 08, 2006
Estudo: Sorriso tem efeito terapêutico na depressão
Os sorrisos, sobretudo os femininos, exercem efeito terapêutico em pessoas depressivas, indica um estudo científico inédito realizado por um investigador português.
O trabalho, da autoria do director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção da Universidade Fernando Pessoa, do Porto, Freitas-Magalhães, foi realizado de 2003 a 2006, tendo por base 160 pessoas diagnosticadas com depressão (80 homens e 80 mulheres) com idades entre 25 e 60 anos.
Segundo as conclusões, a apresentar em Janeiro de 2007 na reunião anual da Sociedade para a Personalidade e a Psicologia Social (SPSP) em Memphis, Tennessee (EUA), o sorriso «largo» (quando os lábios deixam ver os dentes) e o «superior» (que mostra apenas os dentes de cima) são os de maior efeito terapêutico.
No estudo foram mostradas aos participantes oito fotografias com quatro tipos de sorriso de homem e outros tantos de mulher que, além daqueles dois, incluíam os «fechado» e «da face neutra», de efeitos foram considerados residuais.
«O efeito dos tipos de sorriso largo e superior é mais intenso e frequente nas mulheres do que nos homens, independentemente do género de quem os exibe», sendo que os das mulheres exercem mais efeito do que os dos homens, refere o estudo.
Foram também constatados efeitos terapêuticos do sorriso em função da idade, com o registo de índices de franca melhoria do estado de saúde mental na faixa etária dos 45-60 anos, em comparação com o grupo dos 25-44 anos.
De acordo com avaliações trimestrais do estado psicopatológico dos pacientes, verificou-se que, perante a exibição dos tipos de sorriso largo e superior, estes passaram a valorizar, em crescendo, mais os pensamentos positivos do que os negativos.
Freitas-Magalhães, o único psicólogo português que estuda as funções e repercussões do sorriso no desenvolvimento das emoções e das relações interpessoais, já investigou os efeitos do sorriso na percepção psicológica da afectividade, dos delinquentes, dos estereótipos, e nas diferenças de género, idade e cor de pele.
Estudou também o reconhecimento das emoções básicas através da expressão facial em diferentes grupos etários e em deficientes mentais, sendo autor de uma base de dados portuguesa sobre expressão facial da emoção e do livro «A Psicologia do Sorriso Humano», lançado recentemente pelas Edições Universidade Fernan do Pessoa.
O cientista é professor das faculdade de Ciências Humanas e Sociais e de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa, sendo fundador e director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab).
Diário Digital / Lusa
07-08-2006 13:25:00
Os sorrisos, sobretudo os femininos, exercem efeito terapêutico em pessoas depressivas, indica um estudo científico inédito realizado por um investigador português.
O trabalho, da autoria do director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção da Universidade Fernando Pessoa, do Porto, Freitas-Magalhães, foi realizado de 2003 a 2006, tendo por base 160 pessoas diagnosticadas com depressão (80 homens e 80 mulheres) com idades entre 25 e 60 anos.
Segundo as conclusões, a apresentar em Janeiro de 2007 na reunião anual da Sociedade para a Personalidade e a Psicologia Social (SPSP) em Memphis, Tennessee (EUA), o sorriso «largo» (quando os lábios deixam ver os dentes) e o «superior» (que mostra apenas os dentes de cima) são os de maior efeito terapêutico.
No estudo foram mostradas aos participantes oito fotografias com quatro tipos de sorriso de homem e outros tantos de mulher que, além daqueles dois, incluíam os «fechado» e «da face neutra», de efeitos foram considerados residuais.
«O efeito dos tipos de sorriso largo e superior é mais intenso e frequente nas mulheres do que nos homens, independentemente do género de quem os exibe», sendo que os das mulheres exercem mais efeito do que os dos homens, refere o estudo.
Foram também constatados efeitos terapêuticos do sorriso em função da idade, com o registo de índices de franca melhoria do estado de saúde mental na faixa etária dos 45-60 anos, em comparação com o grupo dos 25-44 anos.
De acordo com avaliações trimestrais do estado psicopatológico dos pacientes, verificou-se que, perante a exibição dos tipos de sorriso largo e superior, estes passaram a valorizar, em crescendo, mais os pensamentos positivos do que os negativos.
Freitas-Magalhães, o único psicólogo português que estuda as funções e repercussões do sorriso no desenvolvimento das emoções e das relações interpessoais, já investigou os efeitos do sorriso na percepção psicológica da afectividade, dos delinquentes, dos estereótipos, e nas diferenças de género, idade e cor de pele.
Estudou também o reconhecimento das emoções básicas através da expressão facial em diferentes grupos etários e em deficientes mentais, sendo autor de uma base de dados portuguesa sobre expressão facial da emoção e do livro «A Psicologia do Sorriso Humano», lançado recentemente pelas Edições Universidade Fernan do Pessoa.
O cientista é professor das faculdade de Ciências Humanas e Sociais e de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa, sendo fundador e director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab).
Diário Digital / Lusa
07-08-2006 13:25:00