quarta-feira, setembro 13, 2006

 
Equipa japonesa descobre a galáxia mais distante no Universo

Astrónomos japoneses detectaram a galáxia mais longínqua até agora descoberta, e consequentemente a mais antiga, uma vez que a sua luz agora recebida foi emitida há 12,7 mil milhões de anos, nos primórdios do Universo.

Num artigo a publicar na edição de quinta-feira da revista Nature, a equipa de Masanoru Iye, do Observatório Astronómico Nacional de Tóquio, assinala que a explosão primordial do Big Bang, que deu origem ao Universo, ocorreu apenas 750 milhões de anos antes.
A descoberta foi confirmada por espectroscopia ao ser estudada a «passagem para o vermelho» deste aglomerado de estrelas com o telescópio Subaru, de 8,2 metros, instalado no Hawai (EUA).
As galáxias mais distantes continuam a afastar-se do centro do Universo a uma velocidade crescente. Quanto mais se afastam, mais a luz que emitem tende para o vermelho, um pouco como o ruído de um bólide fica mais grave quando se afasta. É por isso que as galáxias mais longínquas aparecem em comprimentos de onda próximos do vermelho.
Em Março de 2004, uma equipa franco-suíça que utilizou o grande telescópio VLT do monte Paranal (Chile) anunciou a descoberta de uma galáxia situada a 13,3 mil milhões de anos-luz, mas esses trabalhos nunca foram confirmados posteriormente.
Noutro estudo, também publicado na Nature, os astrónomos Richard Bouwens e Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia, utilizaram o telescópio espacial Hubble para estudar a formação das primeiras galáxias.
O Big Bang, ocorrido há cerca de 13,7 mil milhões de anos, foi seguido por um período de trevas durante o qual nenhuma estrela iluminava a imensidão do espaço.
Só passadas algumas centenas de milhões de anos é que apareceram as primeiras estrelas, seguidas das primeiras galáxias, e é o momento preciso dessa transição que os astrónomos querem determinar.
Bouwens e Illingworth descobriram centenas de galáxias surgidas 900 milhões de anos depois do Big Bang. Mas 200 milhões de anos mais cedo só descobriram uma, quando esperavam ter encontrado uma dezena.
«As galáxias maiores, mais luminosas, só surgiram 700 milhões de anos depois do Big Bang. Mas 200 milhões de anos mais tarde, havia muitas mais. No intervalo terão ocorrido muitas fusões de galáxias mais pequenas», afirmou Illingworth num comunicado publicado separadamente pela Universidade da Califórnia.
As galáxias observadas pelos astrónomos norte-americanos são muito mais pequenas do que a Via Láctea ou as galáxias gigantes vizinhas.
Em Novembro passado, um estudo norte-americano estimou que a primeira estrela apareceu uma centena de milhões de anos após o Big Bang.

Diário Digital / Lusa
13-09-2006 18:10:00


Um terço dos planetas para lá do Sistema Solar poderão conter vida

Mais de um terço dos sistemas de planetas gigantes descobertos para lá do Sistema Solar poderão conter características semelhantes à Terra. Segundo um novo estudo realizado por investigadores das universidades do Colorado e Pensilvânia alguns desses planetas estão cobertos de oceanos com potencial para albergar vida.

O estudo centra-se num tipo de sistema planetário distinto do nosso Sistema Solar que contém grandes planetas conhecidos como «Júpiter Quente».
De acordo com o estudo americano, cre-se que esses planetas gigantes poderão ter-se movido, durante a formação do sistema, para junto das estrelas que compõem a sua órbita, desencadeando a formação de oceanos que podem ser propícios para a evolução de organismos vivos.
Segundo os investigadores, estes planetas criaram, durante a sua formação, condições propícias para atraírem água à sua superficie.
Os investigadores afirmam também que estes planetas, ricos em água, poderão conter uma baixa percentagem de ferro, factor importante para a evolução da oxigenação de atmosferas.

08-09-2006 18:31:11

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