quinta-feira, setembro 28, 2006

 
Líder da Al-Qaeda no Iraque apela à guerra biológica

O líder da Al-Qaeda no Iraque exortou hoje os seus apoiantes a lançarem uma guerra biológica contra as tropas norte-americanas no país, numa gravação áudio divulgada através da Internet.

«A minha mensagem aos pioneiros, em particular aos especialistas em explosivos e no átomo: temos uma necessidade urgente dos vossos serviços, porque as bases norte-americanas (no Iraque) são o local ideal para efectuar experiências não-convencionais de guerra suja e biológica», refere a gravação, apresentada como sendo uma mensagem de Abu Hamza al-Mujaher.

Abu Hamza, que sucedeu a Abu Mussab al-Zarqaui, o antigo líder da Al Qaeda no Iraque morto em Junho num ataque norte-americano, advertiu que a sua rede estava a lançar uma «ofensiva em todas as frentes» para «expulsar os infiéis e os apóstatas» do Iraque, numa referência à força multinacional comandada pelos Estados Unidos e os iraquianos que a apoiam.

Na mensagem, cuja autenticidade não pôde ainda ser confirmada, propõe também uma «amnistia» para os chefes tribais sunitas que renunciem a colaborar com o governo iraquiano e se juntem às fileiras da «resistência».

A oferta de amnistia só é válida durante o mês de jejum muçulmano do Ramadão, acrescentou.

«Neste mês sagrado, digo aos xeques tribais que alinharam ao lado dos traidores e venderam a sua religião e a sua honra: propomo- vos hoje uma amnistia total«, declarou.

A oferta está no entanto sujeita a duas condições: «arrependimento total» e «cooperação com os mujaedines para repelir o ocupante para fora do Iraque», adianta a mensagem.

No início de Setembro, Mujaher exortara os sunitas a matar pelo menos um norte-americano antes do início do Ramadão e a vingarem- se dos xiitas.

Na mensagem de hoje, o líder rebelde refere ainda que mais de 4.000 insurrectos estrangeiros foram mortos no Iraque desde a invasão norte-americana de 2003, na primeira comunicação da organização quanto às suas baixas.

Desconhece-se a razão para a Al Qaeda publicitar as suas mortes no terreno, mas o martírio é reverenciado entre os fundamentalistas islâmicos e pode ser usado como um instrumento de recrutamento.

«Foi derramado no Iraque o sangue de mais de 4.000 estrangeiros que vieram combater», disse Mujaher.

A palavra arábica que utilizou indica que se referia a estrangeiros que combatiam ao lado da insurreição no Iraque, e não a tropas da coligação multinacional.

Diário Digital / Lusa
28-09-2006 18:03:00

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