quarta-feira, setembro 06, 2006
Pilha de combustível: Descoberta uma alternativa à platina
Uma equipa de investigadores norte- americanos anunciou ter descoberto um novo material composto que poderá substituir definitivamente a platina como catalisador nas pilhas de combustível, levantando assim um grande obstáculo ao desenvolvimento desta fonte de energia não poluente.
O Laboratório de física dos materiais de Los Álamos, no Novo México, descreve na revista Nature como conseguiu produzir, através de um método químico simples, um composto à base de cobalto, de carbono e de polipirrol (um plástico polímero condutor) simultaneamente eficaz e duradouro.
Esta descoberta diz respeito às pilhas de combustível de polímero (PEFC), consideradas como das mais prometedoras para melhorar os rendimentos de uma tecnologia com um século e meio.
Estas pilhas são formadas por uma membrana de polímero que separa o carburante (hidrogénio) e o oxidante (ar ou oxigénio).
Os catalisadores em metal precioso, platina, mas também paládio e ruténio, são utilizados à vez para oxidar o hidrogénio e reduzir o oxigénio e libertados na atmosfera sob a forma de vapor de água inofensiva para o ambiente.
Contudo, uma difusão massiva da pilha de combustível, principalmente para os automóveis, acarreta uma série de problemas, entre os quais o custo bastante elevado da platina: o metal branco negoceia-se actualmente à volta dos 45 dólares o grama.
Uma pilha de combustível automóvel exige entre 50 e 100 gramas de platina (o custo pode atingir os 4.500 dólares).
O novo composto, «combina uma actividade elevada de redução de oxigénio e uma boa durabilidade», sublinham os dois cientistas que conduziram a investigação, Rajesh Bashyam e Piotr Zelenay.
Este material não manifestou qualquer sinal de degradação das suas funções após 100 horas de funcionamento, ao passo que as pilhas de combustível do tipo PEFC apresentam vários problemas de eficácia da durabilidade, acrescentam.
Num relatório recente, o gabinete parlamentar francês de avaliação das escolhas científicas e tecnológicas indicou que a generalização da pilha de combustível apenas ao parque automóvel de França seria o suficiente para secar o mercado mundial de platina.
Os mesmos responsáveis sublinharam que 90% da produção mundial deste metal raro é assegurado por dois países, a África do Sul (75%) e a Rússia (15%).
Diário Digital / Lusa
06-09-2006 18:00:00
Uma equipa de investigadores norte- americanos anunciou ter descoberto um novo material composto que poderá substituir definitivamente a platina como catalisador nas pilhas de combustível, levantando assim um grande obstáculo ao desenvolvimento desta fonte de energia não poluente.
O Laboratório de física dos materiais de Los Álamos, no Novo México, descreve na revista Nature como conseguiu produzir, através de um método químico simples, um composto à base de cobalto, de carbono e de polipirrol (um plástico polímero condutor) simultaneamente eficaz e duradouro.
Esta descoberta diz respeito às pilhas de combustível de polímero (PEFC), consideradas como das mais prometedoras para melhorar os rendimentos de uma tecnologia com um século e meio.
Estas pilhas são formadas por uma membrana de polímero que separa o carburante (hidrogénio) e o oxidante (ar ou oxigénio).
Os catalisadores em metal precioso, platina, mas também paládio e ruténio, são utilizados à vez para oxidar o hidrogénio e reduzir o oxigénio e libertados na atmosfera sob a forma de vapor de água inofensiva para o ambiente.
Contudo, uma difusão massiva da pilha de combustível, principalmente para os automóveis, acarreta uma série de problemas, entre os quais o custo bastante elevado da platina: o metal branco negoceia-se actualmente à volta dos 45 dólares o grama.
Uma pilha de combustível automóvel exige entre 50 e 100 gramas de platina (o custo pode atingir os 4.500 dólares).
O novo composto, «combina uma actividade elevada de redução de oxigénio e uma boa durabilidade», sublinham os dois cientistas que conduziram a investigação, Rajesh Bashyam e Piotr Zelenay.
Este material não manifestou qualquer sinal de degradação das suas funções após 100 horas de funcionamento, ao passo que as pilhas de combustível do tipo PEFC apresentam vários problemas de eficácia da durabilidade, acrescentam.
Num relatório recente, o gabinete parlamentar francês de avaliação das escolhas científicas e tecnológicas indicou que a generalização da pilha de combustível apenas ao parque automóvel de França seria o suficiente para secar o mercado mundial de platina.
Os mesmos responsáveis sublinharam que 90% da produção mundial deste metal raro é assegurado por dois países, a África do Sul (75%) e a Rússia (15%).
Diário Digital / Lusa
06-09-2006 18:00:00
# posted by Rukas @ 10:04 da tarde 
