quarta-feira, fevereiro 28, 2007

 
ARCOS VALDEVEZ - Presidente de CDS local faz greve de fome contra encerramento de urgência

O líder da concelhia do CDS-PP de Arcos de Valdevez, Rui de Brito Mendes, está em greve de fome contra o encerramento das urgências da cidade. O presidente de câmara, Francisco Araújo, diz que com este encerramento o Alto Lima fica sem urgências.
( 10:05 / 28 de Fevereiro 07 )

O líder da concelhia do CDS-PP de Arcos de Valdevez entrou, na terça-feira, em greve de fome em protesto contra o anunciado encerramento do serviço de urgência do centro de saúde da cidade.
Ouvido pela TSF, Rui de Brito Mendes explicou que o seu protesto é para se manter por tempo indeterminado e que os «limites serão sempre que o meu corpo e resistência física me permitirem».
O presidente da concelhia centrista considera que Arcos de Valdevez precisa mesmo de um centro de saúde e que a sua forma de protesto destina-se sobretudo a agitar consciências.
«O mesmo protesto pode parecer um bocado radical, mas isto só parece radical a quem não sofre na pele com estas decisões que são tomadas. Estas decisões têm custos em vidas humanas e para quem mora em Arcos de Valdevez esta minha posição é tudo menos radical», acrescentou.
Rui de Brito Mendes disse ainda que está em condições de fazer este protesto porque ainda tem um grupo de médicos e enfermeiros disponíveis para o tratar caso venha a ter problemas de saúde.
«Provavelmente daqui a seis meses com a intenção de fazer o plano até Outubro deste ano, já não posso fazer greve de fome caso isto seja encerrado», concluiu.
O presidente da câmara de Arcos de Valdevez também contesta o anunciado encerramento do serviço de urgência da cidade e a anunciada concentração destes serviços em Ponte de Lima.
Também em declarações à TSF, o autarca mostrou disponibilidade em negociar, mas esclareceu que «ninguém pode ficar de alguma forma amuado só porque relativamente a uma causa que considero justa que um autarca dê a cara por esta causa».
«Metade do vale do Lima, a zona litoral, fica com duas urgências, a médico-cirurgica e a básica, a menos de 15 minutos uma da outra. O Alto Lima fica sem nada», adiantou Francisco Araújo.
O presidente da câmara de Arcos de Valdevez acusou ainda o ministro da Saúde de ter uma atitude de «quero, posso e mando» ao não olhar para a «especificidade do próprio território».
«É uma forma de condicionar aquilo que é a indignação das pessoas e, por outro lado, o Presidente da República que cessou funções dizia que 'há mais vida para além do orçamento'. É essa vida que as populações que vivem mais longe dos grandes centros não querem perdem e não aceitam que lhes retirem», concluiu.
A população de Arcos de Valdevez manifesta-se, esta quarta-feira, contra o encerramento do serviço de urgência da cidade com uma marcha lenta entre a câmara e o Centro de Saúde, que se deverá iniciar por volta das 11:30.

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