quinta-feira, fevereiro 15, 2007

 
Chirac: Descoberta da América «não foi um grande momento»

O presidente francês, Jacques Chirac, considera que a descoberta da América «não foi um grande momento da História» e, por isso, não tem de ser celebrado, atribuindo esse feito aos vikings em vez de Cristóvão Colombo.

A frase está contida num livro baseado em entrevistas a Chirac, escrito por Pierre Péan, que será posto à venda no próximo sábado e do qual alguns media franceses se fizeram eco publicando vários extractos.
Chirac, que assegura ter «uma visão geral do mundo» e que assinala que «cada cultura traz à Humanidade algo básico», diz da presença espanhola na América: «não tenho admiração por essas hordas que foram para destruir».
Afirma que as autoridades espanholas lhe pediram numa ocasião para participar na celebração deste acontecimento, embora sem especificar em que altura, e recorda que uma vez o rei Juan Carlos lhe telefonou, «surpreendido» por essa atitude.
Chirac respondeu que, na sua opinião, a chegada de Cristóvão Colombo à América «não é um grande momento da História» e afirma que os vikings chegaram a este território cinco séculos antes, teoria defendida por alguns historiadores.
Os vikings «não causaram tanto alvoroço e, além disso, tiveram a elegância de se destruírem a eles mesmos», salienta o chefe de Estado francês.
No livro «L`inconnu de L`Elysée», além de passar em revista alguns aspectos da sua vida privada e de quarenta anos na política, Chirac confessa que foi militante do Congresso Nacional Africano (ANC), de Nelson Mandela.
Em concreto, revela que em finais dos anos de 1960 foi contactado por Hassan II de Marrocos, que financiou generosamente a organização de Mandela.
«O rei dava dinheiro ao ANC. Tinha criado uma rede de pessoas que ajudavam ao financiamento desta organização. Escolheu-me para isso», admite Chirac.

Diário Digital / Lusa
14-02-2007 20:41:00

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