terça-feira, fevereiro 06, 2007

 
Estudo alerta para líderes que ameaçam liberdade expressão

A Comissão para a Protecção dos Jornalistas considerou hoje líderes como Hugo Chavez, da Venezuela, e Vladimir Putin, da Rússia, como ameaças à liberdade de expressão no ano de 2006.
Um estudo publicado segunda-feira assinalou a morte de 55 jornalistas no ano passado, mais oito do que em 2005.
«Chávez e Putin representam uma geração de líderes sofisticados e eleitos democraticamente que criou um modelo para controlar, intimidar e censurar os meios de comunicação», frisou o director-executivo da Comissão, Joel Simon.
Este tipo de líderes nacionais expressa um apoio retórico às instituiçõs democráticas «enquanto utiliza medidas punitivas como auditorias financeiras, manipulação da publicidade estatal e restrições generalizadas aos conteúdos para controlar os media», acrescentou.
O director da secção americana do Comissão, Carlos Lauria, afirmou que Hugo Chávez é «intolerante» em relação a uma imprensa crítica, como os seus pares da Argentina e Bolívia.
Essa intolerância reflecte «uma cultura de repressão que ainda está viva em muitos países da América Latina», acrescentou.
Segundo o estudo, cinco jornalistas foram assassinados no ano passado na América Latina: dois na Colômbia, dois no México e um na Venezuela.
Vinte e sete outros casos de jornalistas mortos estão a ser analisados para avaliar se terão sido assassinados.
Tirando a América, o Iraque foi o lugar mais perigoso do planeta para se ser jornalista em 2006, registando-se 32 assassinatos.
Além dos jornalistas assassinados, o estudo destaca ainda o número de jornalistas presos, que aumentou de 125 para 134.
Na China, onde foram presos 31 jornalistas, registou-se o maior ataque à liberdade de expressão desde a repressão às manifestações estudantis na Praça Tiananmen, em 1989, afirma a Comissão.
Esta organizou criticou também os governos de países como os Estados Unidos, que alegam defender a liberdade de imprensa mas que, em 2006, permitiram a prisão de três jornalistas: um nos Estados Unidos, um em Guantanamo, Cuba, onde os EUA mantêm uma base militar e outro no Iraque.

Diário Digital / Lusa
06-02-2007 8:59:22

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