sábado, maio 12, 2007
A mão-de-obra barata na China, considerada um dos motores para a conversão do país numa potência económica mundial, começará a escassear em 2010, segundo um relatório da Academia chinesa de Ciências Sociais hoje divulgado.
Uma das principais razões para este potencial défice foi o cálculo errado da mão-de-obra excedente.
«A China está a passar de uma era de mãe de obra excedente para penúria de mão-de-obra», refere o China Daily que cita o relatório.
Segundo o Instituto, o gigante asiático orgulha-se de ter a maior população mundial (1,3 mil milhões habitantes), mas a sua impressionante mão-de-obra rural foi sobreavaliada.
Desta forma, o número de trabalhadores rurais com menos de 40 anos que migram em busca de uma vida melhor situa-se na casa dos 52 milhões, ou seja, muito menos do que as anteriores estimativas que calculavam em 100 ou 150 milhões, os rurais que abandonavam suas terras.
Isto, no extremo significa, segundo os autores do relatório, que o gigante asiático vai perder as vantagens de que desfruta nos mercados internacionais devido ao baixo custo de mão-de-obra.
A falta de mão-de-obra poderá levar a pretensões de aumentos salariais, provavelmente dentro de três anos.
Os autores do estudo concluem ser necessárias adaptações e modificações no modo de crescimento, deixando o país de assentar unicamente num único factor de produção, mas tendo recurso a métodos mais avançados.
Diário Digital / Lusa
12-05-2007 15:36:37
