sexta-feira, maio 04, 2007
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De acordo com a BBC, o SNP obteve no final das eleições de quinta-feira 47 lugares, contra 46 para o Labour. Vêm depois os conservadores (17 lugares), que ultrapassaram os liberais-democratas (16 lugares). Os últimos três dos 129 lugares foram para candidatos não filiados nos principais partidos.
O SNP obteve 20 lugares em relação às eleições de 2003, no que era até agora um bastião trabalhista.
Mas os independentistas estão longe da maioria absoluta de 67 lugares.
O chefe do SNP, Alex Salmond, deverá pois negociar uma aliança para suceder à actual coligação Labour/liberais-democratas, ou na falta dele, formar um governo minoritário.
Antes mesmo do anúncio dos resultados definitivos, Alex Salmond, candidato ao cargo de primeiro-ministro escocês, indicou que os resultados mostravam que os trabalhistas deixaram de ter «um direito divino» de governar a Escócia, e que perderam «a autoridade moral para governar».
«Se o SNP tiver a oportunidade de governar, fá-lo-emos no interesse nacional, e não para ter uma vantagem política», acrescentou, sem mencionar um eventual referendo sobre a independência, anunciado durante a campanha para 2010.
«Dirigiremos com humildade e paixão», acrescentou.
Os liberais-democratas excluíram a eventualidade de um entendimento com o SNP enquanto este não recuar nas suas reivindicações de independência.
O Parlamento escocês, criado em 1999, tem competência legislativa em matéria de educação, saúde, transporte, desenvolvimento económico e justiça.
A campanha na Escócia foi renhida, com o primeiro-ministro Tony Blair a deslocar-se por cinco vezes a esta entidade britânica de cinco milhões de habitantes a norte de Inglaterra.
Blair sublinhara que a votação de quinta-feira era extremamente importante, e ia «determinar o futuro da Escócia para uma geração e talvez mesmo mais».
A vitória dos independentistas é de mau augúrio para o ministro das Finanças, Gordon Brown, um escocês, presumível sucessor de Blair.
O chefe do Executivo britânico não hesitou durante a campanha em denunciar o risco de uma «balcanização» da Grã-bretanha caso o SNP vencesse.
Diário Digital / Lusa
04-05-2007 20:11:00