sexta-feira, maio 25, 2007

 
África do Sul: 60 mil nas ruas exigem melhores salários


Mais de 60 mil funcionários públicos desfilaram hoje pelas ruas das principais cidades sul-africanas, exigindo maiores aumentos salariais e mais benefícios sociais.

Em Pretória, Cidade do Cabo e Pietermaritzburg, os manifestantes passaram uma mensagem clara ao governo do presidente Thabo Mbeki de rejeição dos seis por cento de aumento salariai oferecido à função pública.

Os líderes sindicais da função pública insistem, em vários memorandos entregues a funcionários governamentais nas diversas cidades, que não estão dispostos a aceitar aumentos salariais inferiores a 12%, ligados a melhorias nas carreiras e mais benefícios sociais.

A maior central sindical sul-africana, a COSATU, argumenta que os aumentos salariais ligados à inflação, que o governo impôs ao funcionalismo nos últimos 10 anos, tiveram como consequência uma gradual perda do poder de compra por parte das classes trabalhadoras.

Afirmando-se dispostos a regressar à mesa das negociações se «o governo avançar com uma contraproposta credível», os sindicatos do sector ameaçaram hoje recorrer à greve nacional, a partir de 31 de Maio, para forçar o governo a recuar na oferta de 6% de aumento salarial a todos os funcionários públicos.

O presidente da COSATU, Willie Madisha, desafiou na Cidade do Cabo o presidente Thabo Mbeki a recusar uma proposta de aumento do seu próprio salário em 57%, feita por uma comissão nomeada pelo executivo para estudar os salários dos membros do governo e dos parlamentares.

«Se 57% é bom para o presidente, 50% é bom para os ministros e 20% bom para os juízes, então a oferta de seis por cento para os funcionários é um insulto», disse Madisha durante a concentração em frente ao parlamento, na Cidade do Cabo, que se seguiu à marcha de protesto de, pelo menos, 15 mil funcionários públicos.

Diário Digital / Lusa

25-05-2007 23:13:51

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