quarta-feira, maio 02, 2007

 
PNR defende trabalho para nacionais, critica governo e oposição

O líder do Partido Nacional Renovador (PNR) defendeu esta terça-feira o «trabalho nacional» e o combate à imigração, num discurso com críticas ao governo socialista, ao «mentiroso Jerónimo de Sousa» e aos «burgueses de caviar do Bloco de Esquerda».

Na intervenção com que encerrou a manifestação do PNR, entre o Largo do Rato e a Praça do Marquês de Pombal, José Pinto Coelho afirmou que «Portugal perde regalias» com a «invasão» dos imigrantes.

«O Estado deve ser interveniente no que diz respeito à justiça social, às reformas e à família e tem de intervir no equilíbrio salarial», defendeu.

«Não é só atirar pessoas para o desemprego, prejudicar o interior ao fechar centros de saúde e a seguir abrir clínicas privadas que favorecem bancos e seguradoras», acusou, salientando que «os nacionalistas não são contra a iniciativa privada».

«As instituições são boas mas o capital e a iniciativa privada terá de estar ao serviço da nação», afirmou.

Pinto Coelho acusou o governo de ter «ideias como a mobilidade (dos trabalhadores) que cortam a estabilidade, a segurança e o equilíbrio do país».

Para o líder do PNR, a classe média portuguesa está cada vez mais endividada, enquanto os governantes «acumulam o tacho», «servem e servem-se do capitalismo selvagem em nome do lucro e da competitividade».

O dirigente nacionalista acusou Jerónimo de Sousa de ser «mentiroso», «enganar os comunistas» e aconselhou-o a ir «para o seu paraíso cubano com o seu amigo Fídel Castro».

«Esse senhor diz-se defensor de amplas liberdades mas está na linha da frente da invasão imigrante que prejudica o país», criticou.

Quanto ao Bloco de Esquerda, José Pinto Coelho acusou os bloquistas de serem «os piores dos piores».

«Representam a facção refinada dos comunistas e estão infiltrados na sociedade civil, dominando-a, o que explica a existência de dois pesos e duas medidas», referiu.

No discurso, em que admitiu estar «em campanha, em sentido figurado», o líder do PNR apelou também para «mudanças urgentes no país».

«Lutamos por isto (as mudanças) e connosco estarão sempre em primeiro lugar», garantiu.

Durante a manifestação eram visíveis cartazes com «vivas» a Portugal e aos trabalhadores portugueses, a par das palavras de ordem gritadas pelos nacionalistas «Não nos lixem o Futuro, Portugal Sempre!», «Viva Portugal, Viva o Trabalhador Português» e «Trabalhador Consciente, Português resistente».

Face às acusações de violência de que o partido é alvo, o líder afirmou que «o PNR é ostracizado» e que a «escumalha piolhosa é que agride a polícia, vandaliza as ruas e está em liberdade só porque é de extrema-esquerda».

A juventude nacionalista, que se integrou na manifestação ostentava uma faixa do partido nacionalista alemão incentivando a «defender a liberdade de opinião contra arbitrariedade policial», foi obrigada a retirá-la por esta não ir ao encontro da ideologia do partido.

«A faixa não faz sentido e eu não quero que o meu partido se sujeite a esta reivindicação», disse Pinto Coelho. Nas camisolas dos jovens nacionalistas eram notórias as mensagens nazis e fascistas que apelavam a «Deus, Pátria e Família» e invocavam «Salazar herói da nação».

No próximo dia 10 de Junho, Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades, o PNR promove uma nova manifestação, junto ao Largo de Camões.

Diário Digital / Lusa

01-05-2007 21:05:14


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