quarta-feira, maio 30, 2007

 
Precaridade: mais de 880 mil trabalham «a recibo verde»


Os chamados «trabalhadores por conta própria como isolados», de onde saem os falsos recibos verdes, contabilizavam 883,6 mil indivíduos no final do primeiro trimestre, menos 0,2% do que no primeiro trimestre de 2006, refere o jornal Público nesta quarta-feira, dia de greve geral.

Em Portugal existem hoje mais de um milhão de trabalhadores que não podem fazer greve sem correr o risco imediato de perder o trabalho. Já lhes chamaram os trabalhadores do século XXI: são os contratados a prazo, os falsos recibos verdes, os temporários, os subempregados.

As últimas estatísticas disponibilizadas pelo INE só confirmam a tendência, mostrando dois movimentos inversos, «mas que falam do mesmo. Duas faces da mesma moeda», nota o jornal. A precaridade no trabalho é, aliás, um dos cavalos de batalha da CGTP na greve geral em curso esta quarta-feira.

Segundo refere o diário, mais de um quinto da população empregada (que era de 5135,7 milhões de indivíduos no primeiro trimestre de 2007) «encontra-se hoje inibida de exercer um direito constitucional.»

«Quem trabalha debaixo de um falso trabalho independente não pode fazer greve. Não pode ter uma gravidez de risco. Não pode fazer férias. Não pode necessitar de uma intervenção cirúrgica», sintetiza o artigo citando uma jovem psicóloga especializada na prestação de serviços a recibo verde.

30-05-2007 10:32:06

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