terça-feira, maio 01, 2007
O salário mínimo na Venezuela será aumentado em 20%, atingindo os 286 dólares (215 euros) e a jornada de trabalho passa de oito para seis horas diárias, anunciou o Presidente Hugo Chávez na segunda-feira.
Com esta subida, que entra em vigor no Dia do Trabalhador, o salário mínimo será de 614.790 bolívares e «é agora o mais alto da América do Sul», disse Chávez.
«Estávamos em terceiro lugar na América do Sul. Agora passamos ao primeiro lugar com este aumento», disse, numa comunicação televisiva, onde referiu que em alguns países, que não nomeou, o salário mínimo não chega aos 100 dólares (75 euros).
Ao salário mínimo há que acrescentar a cestaticket, uma espécie de cheque obrigatório a que estão vinculados os empregadores públicos, embora nem todos os privados, para aquisição de alimentos por parte dos trabalhadores, o que eleva o rendimento mínimo mensal para um milhão de bolívares (465 dólares, 350 euros), anunciou Chávez.
Sobre a redução do horário laboral de oito para seis horas diárias, Chávez disse que seria progressiva, prevendo que ajudará a reduzir o desemprego, que se cifra actualmente em 10% da força laboral, cerca de 1,2 milhões de desempregados.
Antes, o ministro das Finanças, Rodrigo Cabezas, declarou que o salário mínimo nacional se ficaria pelos 83,81 dólares (63 euros), «se o Governo tivesse seguido as recomendações da [confederação patronal] Fedecámaras», uma das instâncias da oposição a Chávez que foram consultadas sobre o aumento.
Diário Digital / Lusa
01-05-2007 10:54:12