terça-feira, junho 26, 2007

 
Corrupção inspira novo filme de António-Pedro Vasconcelos

«Call Girl», o filme que o realizador António-Pedro Vasconcelos está actualmente a rodar, é uma história de atracções fatais e de corrupção, uma intriga policial que se inspira na realidade portuguesa, afirmou hoje o cineasta.

Na apresentação do filme, hoje em Lisboa, António-Pedro Vasconcelos citou Jean Renoir e François Truffaut para explicar que «Call Girl» é a história de «uma mulher e três homens, uma call girl, um polícia e um autarca que vão dar de certeza sarilho».

Nicolau Breyner, Joaquim de Almeida, Ivo Canelas e Soraia Chaves são os protagonistas deste enredo escrito pelo realizador com o argumentista Tiago Santos.

«A realidade inspira-me imenso e estou sempre muito atento a fenómenos sociais da actualidade», explicou o autor de «Os Imortais», que está neste momento a escrever uma história sobre adopção.

A fotografia é de José António Loureiro, a produção de Tino Navarro e do elenco fazem ainda parte José Raposo, Virgílio Castelo, Custódia Gallego, Sofia Grilo ou José Eduardo.

Nicolau Breyner encarna o papel de Carlos Meireles, um popular autarca alentejano que se envolverá num caso de corrupção por conta de Mouros (Joaquim de Almeida), o mau desta fita.

Soraia Chaves será uma prostituta de luxo que se envolverá com o autarca e é apanhada com ele numa investigação policial a cargo de Madeira (Ivo Canelas) e Neves (José Raposo).

A rodagem de «Call Girl» teve início no dia 20 e prolongar-se-á por oito semanas em Lisboa e na zona de Ferreira do Alentejo.

«Call Girl» tem um orçamento de 1,3 milhões euros, numa co-produção luso-brasileira da MGN Filmes e da Lagoa Cultural.

O filme conta também com apoio financeiro do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), do instituto homónimo brasileiro e da estação de televisão TVI, que assume o papel de co-produtora e divulgadora do filme.

António-Pedro Vasconcelos considerou a participação da TVI «fundamental», deixando críticas muito fortes ao actual sistema de atribuição de subsídios do ICA.

«É completamente absurdo que o Estado chame a si a decisão de quem filma ou não em Portugal», criticou o realizador, elogiando a entrada da TVI no apoio à ficção cinematográfica.

O director-geral da TVI, José Eduardo Moniz, referiu hoje que «Call Girl» é uma das apostas da TVI para este ano e terá uma divulgação «ampla e intensa».

«O António-Pedro Vasconcelos tem uma percepção do mercado ajustada aos tempos modernos e temos grandes expectativas em relação a este filme», referiu Moniz.

A estreia de «Call Girl» está marcada para 29 de Novembro em cerca de 30 salas de cinema com distribuição assegurada pela Lusomundo.

António-Pedro Vasconcelos espera uma boa recepção por parte do público, porque «os espectadores fazem parte da banda sonora do filme».

«Call Girl» é o sétimo filme de António-Pedro Vasconcelos, 68 anos, sucedendo às longas-metragens «Os imortais» (2003), «Jaime» (1999), «Aqui d´el rei» (1992), «O lugar do morto» (1984), «Oxalá» (1980) e «Perdido por cem» (1973).

Diário Digital / Lusa

26-06-2007 14:11:20


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