segunda-feira, junho 04, 2007
Os dois portugueses foram detidos a 16 de Maio, foram libertados juntamente com o cidadão espanhol Miguel Ángel Beltrán, tendo sido conduzidos de imediato ao consulado espanhol na capital letã.
«De facto retirámos algumas bandeiras, foi um acto irreflectido e irresponsável, mas obviamente que [o episódio] não merecia as acusações que nos fizeram, como profanação de bandeira», afirmou João Silva à Agência Lusa.
«É um país que nós admiramos, como todos os do mundo em geral, gostamos de viajar e fomos injustamente acusados», afirmou o cidadão português.
«Vimos umas bandeiras que decidimos recolher como lembranças e depois fomos mal interpretados», afirmou Paulo Franco à Lusa, já nas instalações do consulado espanhol.
«Pensaram que ultrajámos o país e que as pisámos, o que é completamente errado, nunca tivemos intenção de o fazer e jamais o faríamos», garantiu.
João Silva e Paulo Franco esperam agora que as autoridades cheguem a um acordo e estão a preparar um texto, em conjunto com os seus colegas espanhóis, «para explicar a nossa versão da história bem contada».
«As condições foram difíceis, mas sentimos bastante o apoio vindo do exterior», disse João Silva.
Os jovens esperam agora o julgamento em liberdade, estando proibidos de sair da Letónia.
De acordo com a advogada de defesa, portugueses e espanhóis poderão ter de esperar entre «duas a três semanas» até às audiências.
Contudo, o cônsul de Espanha em Riga, Bernardo López López-Ríos, fala na possibilidade de o processo se arrastar até Setembro.
Entretanto, a agência de notícias letã LETA, noticiou hoje que as autoridades letãs alteraram a acusação contra os dois portugueses e os dois espanhóis de crime de profanação de simbolo nacional para roubo premeditado em grupo.
Diário Digital / Lusa
04-06-2007 18:34:00