O coordenador do estudo que aponta a zona do Campo de Tiro de Alcochete como o melhor local para o futuro aeroporto de Lisboa disse, esta segunda-feira, que construir a infra-estrutura naquele local da Margem Sul não implica problemas ambientais.
Carlos Borrego, que em colaboração com Miguel Coutinho coordenou a equipa de 16 professores universitários que avaliou a opção Alcochete, garantiu que as áreas protegidas naquele local não serão afectadas com a implantação do aeroporto.
O antigo ministro do Ambiente de Cavaco Silva acrescentou que os estudos de aproximação dos aviões mostram que «eles não sobrevoam áreas protegidas nem de protecção especial».
Em termos económicos, a área de Alcochete «está fora da zona de Lisboa e Vale do Tejo», o que permite ir buscar fundos comunitários» para construir o aeroporto, algo que «não sucedia em Rio Frio ou Ota» adiantou.
Por seu lado, no Parlamento, a directora-geral da NAER, a empresa criada pelo Governo encarregue dos trabalhos necessários para o planeamento do futuro aeroporto de Lisboa, disse que é necessário fazer um estudo cuidado sobre os problemas ambientais que a opção Alcochete pode colocar.
A zona do Campo de Tiro de Alcochete «tem uma riqueza ambiental importante», já que se situa na «mesma zona de sensibilidade ambiental do aquífero e da rota das aves entre os dois estuários», disse.
Paula Alves frisou mesmo que o espaço em causa já foi «candidato ao Prémio Defesa Nacional e Ambiente» em 2004 e «objecto de estudo internacional pela riqueza ambiental do espaço».
Naquele local encontram-se «23 espécies que estão na directiva dos habitats», logo «é bom fazer-se uma análise ambiental ponderada e cuidada, porque poderemos ter problemas com a inibição, inclusivamente dos apoios comunitários», já que «estamos obrigados a regras nacionais e comunitárias rigorosas», rematou.
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