segunda-feira, julho 09, 2007

 
Call centers empregam 50 mil jovens da «geração 500 euros»


O afunilamento do mercado de trabalho está a empurrar cada vez mais jovens para o desemprego ou para o trabalho ocasional, como é o caso dos centros de atendimento (call centers). O universo que o Diário de Notícias classifica como a «geração dos 500 euros» já equivale a 50 mil jovens em Portugal.

As escassas oportunidades de emprego - para um segmento em que a taxa de desemprego ronda os 18% - , surgem em regime de trabalho temporário, com contratos renováveis de três meses. Muito em particular, no sector dos call centers, onde mais têm crescido as ofertas de trabalho, empregando já cerca de 50 mil pessoas.

Porém, apesar de as licenciaturas serem comuns nos centros de atendimento de chamadas, os salários são baixos e incertos, constata o jornal na edição desta segunda-feira. «A maioria dos trabalhadores deste sector (contact centers) opera em regime de rabalho temporário e pertencem a um segmento etário muito jovem», assegura João Cardoso, da Associação Portuguesa de Contact Centers, entidade que representa 70% da capacidade instalada.

Os consultores de recursos humanos asseguram que é das áreas que tem registado as mais elevadas taxas de crescimento e emprego (8%), facturando cerca de 1,2 mil milhões de euros por ano.

Assim, a «geração dos 500 euros» está longe de se circunscrever aos call centers e contact centers, explica a mesma fonte, ramificando-se por outros sectores de actividade, como o comércio, hotelaria e restauração, mas raramente consegue escapar ao universo dos contratos a prazo (que abrangem 52% da mão-de-obra até aos 24 anos) e das agências de trabalho temporário que, aos poucos, vão dominando cada vez mais sectores de actividade.

A tendência liberalizadora do mercado é visível nas estatísticas do emprego. Os empregados abrangidos por contratos a termo e em regime de trabalho temporário já ronda os 22%, quando na Zona Euro é de 16%.

09-07-2007 9:08:18

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