terça-feira, julho 17, 2007

 
Idosos: Governo acusado de agravar condições de vida

A federação representativa das associações de idosos do distrito de Beja acusou hoje o governo de ter «agravado» de «forma brutal» as condições de vida dos mais velhos e exigiu melhores reformas e serviços de saúde.

«As medidas tomadas pelo governo nos sectores da Segurança Social e da Saúde vieram agravar de forma brutal as condições de vida da faixa etária que vive em maior risco de pobreza na região, devido às baixas reformas», disse o presidente da Federação das Associações de Reformados, Pensionistas e Idosos do Distrito de Beja (FARPIBE), Valverde Martins.

O responsável falava à agência Lusa após um encontro com um assessor do Governo Civil de Beja, a quem entregou uma carta aberta com as principais preocupações e reivindicações dos idosos do Baixo Alentejo.

Ao contrário do inicialmente previsto, Valverde Martins não chegou a falar com o Governador Civil de Beja, Manuel Monge, por «questões de agenda».

O presidente da FARPIBE justificou o encontro com a «necessidade dos reformados, pensionistas e idosos denunciarem a situação actual e reivindicarem políticas de Segurança Social e de Saúde mais justas».

A equiparação da pensão mínima ao salário mínimo nacional, melhores serviços de saúde, mais apoio social e uma Segurança Social pública foram as principais reivindicações dos idosos.

«Rejeitamos as propostas do governo para a Segurança Social, como o aumento da idade da reforma e a falada privatização do sistema«, precisou.

Por outro lado, continuou, a rede de lares e a prestação de serviços de apoio domiciliário »estão longe de abranger as necessidades daqueles que mais precisam de apoio social«.

«Tanto mais que a perda de autonomia, o isolamento social e, em muitos casos, as péssimas condições de habitação exigem uma intervenção mais cuidada», salientou.

Para reforçar esta reivindicação, Valverde Martins lembrou que «o índice de envelhecimento no distrito é de 117,9 por cento e o de dependência é de 38,2 por cento», citando dados do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.

Os idosos manifestaram-se também contra as alterações dos horários de vários centros de saúde no distrito, o aumento das taxas moderadoras e a sua «aplicação a cuidados de saúde até agora isentos, como o internamento hospitalar».

Os «exagerados» preços dos medicamentos e a retirada das comparticipações do Estado a «muitos fármacos indispensáveis aos idosos» são outros motivos do descontentamento da FARPIBE.

Diário Digital / Lusa

17-07-2007 12:16:00


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