domingo, julho 01, 2007

 
RTP: Trabalhadores acusam empresa de afastá-los de funções

Mais de 20 trabalhadores da RTP Porto acusam a empresa de estar a afastá-los de funções por se terem recusado a assinar contrato com uma agência de trabalho temporário para poderem manter a sua ligação à televisão pública.

Os trabalhadores, que estão a recibos verdes e são representados legalmente por Luís Samagaio, «começaram a ser pressionados na quinta-feira passada para assinar contratos a termo certo com a Ibertelco», disse hoje à Lusa o advogado.

«Pode dizer-se que foram coagidos, pois foram informados que, caso não aceitassem, seriam afastados das suas funções», acrescentou.

Segundo Luís Samagaio, os trabalhadores que rejeitaram o contrato «começaram a receber comunicações, a afastá-los de trabalhos para os quais já tinham sido escalados e retirados dos mapas de horários de Julho».

«Se não tínhamos dúvida que se tratavam de verdadeiros contratos de trabalho, agora também não temos dúvidas que os despedimentos começaram», argumentou o advogado.

Esta situação abrange cerca de 30 trabalhadores de funções técnicas (como operadores de imagem e áudio, entre outros), «de um universo de 60 pessoas a recibos verdes», esclareceu Luís Samagaio.

Acrescentou que os trabalhadores que representa «trabalham regularmente para a RTP» por períodos que vão desde há um a sete anos.

Ressalvando que os trabalhadores pretendem «apenas regularizar as suas situações profissionais e continuar na empresa onde têm trabalhado», Luís Samagaio revelou ter enviado, na quinta-feira, um fax ao gabinete de apoio do conselho de administração da RTP, dando conta do problema.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da RTP afirmou que «a situação dos trabalhadores 'freelancer' do Porto está a ser analisada pelo conselho de administração» da empresa.

O representante dos trabalhadores também notou que «os tribunais serão a última opção», dizendo contar com a «idoneidade, seriedade e responsabilidade» do presidente do conselho de administração da RTP, Almerindo Marques.

«Os trabalhadores estão convictos que, uma vez chegado ao conhecimento da administração da RTP, este assunto será tratado com toda a elevação», afirmou.

Em todo o caso, admitiu que, caso não haja uma resposta da RTP no início da próxima semana, irá «equacionar participações» à Inspecção-Geral do Trabalho, Segurança Social e ao ministro da tutela, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva.

Diário Digital / Lusa

30-06-2007 20:18:00


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