quinta-feira, agosto 09, 2007

 
EUA: Programa de energias renováveis faz rarear o bife

Há falta de bons bifes, os conhecidos como USDA prime grade, na Cidade de Nova Iorque - e os poucos que aparecem são cada vez mais caros, tudo por culpa do programa nacional de energias renováveis nos Estados Unidos.

Os produtores de milho, o principal ingrediente das rações para bovinos, preferem vender o seu produto às fábricas de etanol, porque recebem por isso subsídios do governo.

Os criadores de gado, por seu turno, apesar de pagarem cada vez mais caro pelas rações, não as encontram no mercado tanto como desejariam.

Dada a falta de matéria-prima, as mais famosas steakhouses (restaurantes especializados em bifes) de Nova Iorque recorrem a várias estratégias para manter os clientes servidos.

Ben Benson, dono da steakhouse com o mesmo nome e uma das mais famosas de Manhattan, afirma: «A resposta mais dura é aumentar os preços mas nós preferimos variar as nossas carnes» - foi assim que começou a aparecer no menu o bife de búfalo.

Marilyn Spiera, dona da Peter Luger Steakhouse de Brooklyn, para além de juntar bife da costela à ementa, deixou de servir para fora e de aceitar reservas para a noite.

«Não queremos alterar os nossos padrões, e por isso o que fizemos foi cortar nas horas que estamos abertos», explica ela.

Philipe Roussel, chefe no Café d'Alsace, no Upper East Side, concorda ser cada vez mais difícil encontrar carne de primeira americana. Em vez dela, ele começou a oferecer aos seus clientes bifes de gado charolês francês.

Tod Kalous, analista do mercado de carnes, confirma que desde o ano passado que está a ser abatido menos gado USDA prime grade, com uma baixa de 2,3 por cento, no ano passado, e de 2,5 por cento, este ano.

Diário Digital / Lusa

09-08-2007 8:17:00


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