domingo, agosto 19, 2007
Alberto João Jardim fez esta acusação durante o tradicional comício de Verão do PSD-M na ilha do Porto Santo, numa alusão à lei do aborto e a alegados diplomas em preparação pelo Governo da República que visam a consagração de casamentos homossexuais.
«Quando se fazem leis contra a vida humana é um precedente que não podemos consentir para, depois, fazerem outros direitos ou se ofenderem outros direitos das pessoas em nome do Estado absoluto», declarou.
João Jardim acusou o Estado de querer «estar por cima dos direitos individuais e fundamentais de cada cidadão» e de pretender legalizar «o casamento entre homossexuais», tendo afirmado, por isso, contestar e renegar este tipo de Estado.
«Querer o casamento de homossexuais e tudo isso que o Governo socialista prepara, essas não são causas, são deboche, são degradação, é pôr termo aos valores que, nós, portugueses, a nossa alma nacional, tem desde o berço e que os nossos pais nos ensinaram», acrescentou.
Disse ainda que os «interesses políticos em Lisboa», que criou «tachos» e onde «indivíduos vivem na gamela do regime político», temem que «a voz da Madeira, junto de todos os portugueses com quem somos solidários, ajude a mudar Portugal».
Jardim é ainda de opinião que José Sócrates «é derrotável em 2009» mas avisou: «Terá de haver uma campanha como a que se fez na Madeira, uma campanha arrasadora, que ponha a nu toda a pouca vergonha que é actualmente o sistema político português».
O comício, que juntou algumas centenas de pessoas no Largo do Município, teve a presença de muitos continentais em férias na ilha do Porto Santo.
Diário Digital / Lusa
19-08-2007 10:14:00