quarta-feira, agosto 01, 2007

 
Novo Aeroporto: Viegas destaca vantagens manutenção Portela

José Manuel Viegas, um dos autores do estudo da CIP sobre a localização do novo aeroporto, disse hoje que vai propor à equipa que o estudo inclua um capítulo que aponte as vantagens da manutenção da Portela.

Em declarações à Lusa, o responsável pela análise das acessibilidades do estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) afirmou que vai propor aos restantes membros da equipa que a segunda fase do estudo, que será apresentada no final de Setembro, inclua «um pequeno capítulo», no sentido de «poder fazer com que as decisões não vão no sentido de encerrar a Portela».

«A construção do novo aeroporto na Ota seria tão cara que tornaria inviável qualquer estrutura repartida da oferta, mas em Alcochete isso não é óbvio», explicou José Manuel Viegas, acrescentando que a hipótese de Alcochete ficar como aeroporto que, de forma gradual, possa substituir definitivamente ou não o da Portela deve ser equacionada.

«O texto que poderá ser incluído surge no sentido de manter essa flexibilidade [articulação entre Alcochete e Portela] e poder influenciar decisões que vão no sentido de encerrar o aeroporto de Lisboa», declarou o professor universitário do Instituto Superior Técnico (IST), insistindo que « "Portela + 1" ou "1 + Portela" são opções que não devem ser deitadas fora».

«Parece ser viável não tomar já a opção de fechar a Portela», acrescentou.

O facto de poder ser construído de uma forma faseada e a economia de custos são vantagens para a construção do novo aeroporto em Alcochete, que, de acordo com José Manuel Viegas, poderia ser inaugurado em 2015, dois anos antes do prazo fixado pelo Governo para o início da operação do aeroporto da Ota.

Neste sentido, a proposta do especialista consiste na construção faseada da nova infra-estrutura, que, numa primeira fase, seria apenas dotada de «uma pista e um terminal simples», tendo como função «aliviar a Portela».

Numa segunda fase, o aeroporto principal seria Alcochete, mas a Portela manter-se-ia, oferecendo aos consumidores a possibilidade de poderem usufruir de dois «serviços diferentes».

Os autores do estudo da CIP têm afirmado que os custos da construção do novo aeroporto em Alcochete são 70 por cento inferiores aos da construção na Ota, não ultrapassando os 4 mil milhões de euros.

«Pode também acontecer que um concessionário que queira rentabilizar o seu investimento seja capaz de espremer mais sumo da Portela do que o Governo tem dito e consiga obter um serviço muito melhor que aquele que se tem hoje», acrescentou José Manuel Viegas.

O professor do IST disse que a segunda fase do estudo encomendado pela CIP está «adiantada», garantindo que será entregue no final do mês de Setembro ao primeiro-ministro, José Sócrates, que se mantém «o destinatário» do trabalho.

Diário Digital / Lusa

01-08-2007 13:51:00


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